EUCLIDES DA CUNHA-BA: COMOÇÃO, TRISTEZA, APLAUSOS NA CHEGADA DOS CORPOS DAS VÍTIMAS DO TRÁGICO ACIDENTE DE ÔNIBUS EM SALINAS-MG
22/06/2017 08:12
Fotos: José Dilson - euclidesdacunha.com
A convite do padre Oldack Filho, pároco da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Euclides da Cunha, cerca de duas mil pessoas atenderam ao chamamento e lotaram as dependências da Igreja Matriz, além de parte da Praça da Bandeira, para receber os corpos das vítimas do trágico acidente com o ônibus que viajavam de São Paulo para Euclides da Cunha BA, fato ocorrido na madrugada da última segunda-feira (19), na BR 251, no Estado de Minas Gerais, amplamente noticiado pelas maiores emissoras de Rádio, TV, sites, jornais impressos, do Brasil, entre outros.
Marcada para às 13h, a missa de corpo presente e encomendação só começou por volta das 16h, devido ao atraso na chegada dos carros funerários contratados para fazer o traslado de Salinas para Euclides da Cunha. A equipe de reportagem do site euclidesdacunha.com chegou à Praça da Bandeira por volta das 12h45, e já encontrou várias pessoas que ocupavam os assentos dentro da Igreja Matriz e, do lado de fora, quase uma centena delas aguardavam e, a todo instante, pediam informação sobre a chegada dos corpos, demonstrando ansiedade.
Aos poucos, a Praça foi tomada pela multidão e não havia mais vaga para estacionamento de veículos, o que obrigou os motoristas a procurarem outras ruas para deixarem seus veículos. A tragédia era o assunto mais comentado e, a todo instante, este repórter era perguntado sobre o horário de chegada das vítimas fatais, bem assim os colegas repórteres José Mariano Cardoso e Júnior Santos, que faziam a cobertura jornalística com transmissão de imagens pela internet, bem assim o repórter Pelezinho Gama, para os ouvintes da Rádio Comunitária Católica FM, além de outros portais de notícias da cidade.
Nem mesmo a forte pancada de chuva que caiu foi capaz de dispersar a multidão, e quem não conseguiu abrigo na igreja, se protegeu com guarda-chuva, sombrinha, nas casas próximas e, assim que a chuva cessou, retomaram seus lugares. Com a chegada dos corpos, o alvoroço aumentou com as pessoas querendo ver os caixões, que foram conduzidos por parentes e populares até a área reservada pelo pároco. A Igreja Matriz ficou totalmente tomada e não havia mais lugares disponíveis para o assento, nem tampouco pelas passagens laterais e pelo centro. Sob fortes aplausos, os caixões foram recebidos ao entrarem na Igreja Matriz.
A missa foi imediatamente iniciada e não foi possível conter os gritos de dor e sentimento de perda expressados, vindo de pessoas queridas, de mulheres, homens, jovens, crianças, familiares e amigos dos mortos que, inconsoláveis, lamentavam o acontecido. O primeiro caixão a ser desembarcado foi de Davi Morais da Silva, seguido de Maria Neuza Macedo Silva (esposa) e Francielle Macedo Silva (filha), todos do Povoado de Lagoa do Guedes (Euclides da Cunha). Além de José Manoel da Conceição Souza, residente na localidade de Bananeiras (Euclides da Cunha) e Adrielle Silva de Santana, esta, nascida no Distrito de Algodões, Município de Quijingue. Todos os corpos foram levados para sepultamento dos seus respectivos lugares de origem.
Tomada de profundo sentimento e dor, uma senhora desmaiou e teve que ser carregada por um preposto da guarda municipal para ser assistida fora da igreja. Durante todo o tempo de celebração, ouviu-se gritos desesperadores e inconformismo de parentes.
No decorrer da missa, o padre Oldack Filho divulgou aviso de um agente funerário, no qual dizia que dois corpos haviam faltado, pois o veículo que os conduziam havia seguido por um trajeto diferente, o que impossibilitou a chegada de todos no mesmo horário. Foi divulgada uma nota assinada pelo bispo diocesano Dom Otorino, na qual expressava profundo sentimento e conforto espiritual aos mortos e seus familiares, a todos os paroquianos de Euclides da Cunha.
Após finalizar a celebração eucarística de encomendação dos corpos, padre Oldack Filho aspergiu água benta sobre as urnas funerárias e finalizou o ato litúrgico pedindo mais aplausos para aqueles que partiram para o plano superior. Sob mais aplausos, os caixões deixaram a Igreja Matriz e foram reembarcados para serem sepultados em suas comunidades de origem. O prefeito Luciano Pinheiro, vice-prefeito Betão Campos, os secretários municipais José Raimundo Moura Costa e Neílton Rocha também estiveram presentes e levaram conforto aos familiares enlutados.
Fonte: José Dilson Pinheiro - euclidesdacunha.com
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