MANIFESTANTES LUTAM PARA MANTER ESCOLA EM BARRO VERMELHO (CURAÇÁ-BA)

18/03/2018 22:18

Protestos em Barro Vermelho

 

Nessa sexta (16), comunitários do Distrito de Barro Vermelho, em Curaçá, fizeram uma manifestação contra o Governo Municipal, o qual tomou a decisão de extinguir parte do curso de ensino fundamental da escola daquela comunidade, alegando necessidade de corte de custos e garantindo aos estudantes o transporte deles até o vizinho Distrito de Poço de Fora. Pais e estudantes nāo aceitaram o que entenderam como “empurrar os alunos”.

De acordo com o Vereador Januário Brandāo, em uma audiência pública, foi apresentada essa proposta pelo Governo Municipal, que atingiria Barro Vermelho e também Sítio de Alexandre, em Patamuté. “Fui prontamente contra. Há décadas, Barro Vermelho conseguiu esse benefício com dificuldade. A comunidade nāo pode perder. E há um bom quadro de professores, boa parte com ensino superior, morando aqui, coisa que outras localidades não tem. Essa foi uma conquista de Barro Vermelho”, disse o Vereador durante o Evento que teve presença também dos professores e outros servidores locais.

Faixas de protestos contra a decisão traziam mensagens direcionadas ao Secretário de Educação, Daniel Torres, o qual após fazer carreira na sua cidade Lagoa Grande-PE, foi nomeado secretário da pasta em Curaçá. Na última quarta-feira (14), ele fez reunião com os pais e comunicou que a Prefeitura queria reduzir custos, conforme foi exposto no Ato Público dessa sexta, que também teve a presença do Vereador Vilibaldo Vieira (Vilé), o qual apoiou a manifestação. A iniciativa do Secretário, porém, irritou muitas pessoas, a exemplo da Líder Comunitária Marizinha Oliveira, que tratou o caso como uma “vergonha” ao dissociar os estudantes da sua comunidade. “Vergonha. Esse secretário forasteiro não conhece a força educacional do Distrito e o quanto esta comunidade ajuda na escola e os estudantes nas coisas da comunidade. A comunidade pede a exoneração dele já que é incompetente em resolver os problemas e ainda quer acabar com nosso curso”.

Tentamos buscar mais informações junto à Prefeitura, mas não houve uma resposta. De acordo com os manifestantes, a luta continua até que esta decisão do Governo seja revista.

 

Texto: Maurízio Bim – Foto: Marizinha Oliveira (arquivo)

Voltar

Pesquisar no site

© 2015 Todos os direitos reservados.